T.A.T.T.O.O. – À Flor da Pele
(By André Diniz) Read EbookSize | 29 MB (29,088 KB) |
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Author | André Diniz |
T.A.T.T.O.O. – À Flor da Pele, a nova história em quadrinhos de André Diniz, autor de Revolta da Vacina (DarkSide® Books, 2021), Sete Vidas e da premiada HQ Morro da Favela, nasce com um grito particular, uma cicatriz recente que aborda um problema enfrentado em silêncio por muitos de nós. A depressão e o esgotamento mental são muitas vezes minimizados e não percebidos, levando a pessoa a um sofrimento prolongado de letargia e raiva diante dos enfrentamentos mais simples da vida. Uma condição mental que nos fragiliza e congela diante de tudo e de todos.
André Diniz não tem nenhuma tatuagem no corpo, mas sabe bem o que é viver e desaparecer no centro de uma metrópole caótica. Em T.A.T.T.O.O. – À Flor da Pele, o autor explora com delicadeza e maestria uma situação pessoal, que se tornou ainda mais urgente após as consequências que enfrentamos, passados mais de dois anos do início da pandemia de Covid-19. Com seu traço e narrativa inconfundíveis, ele demonstra que através da arte e do auxílio de profissionais médicos experientes podemos encontrar a cura para dores e questionamentos que nos consomem e podem amaldiçoar a grandeza de nossa existência.
Ramsés, o protagonista desta história, é um tatuador quarentão do centro velho de São Paulo, onde mais de 20 milhões de pessoas sobrevivem em meio à violência, aos contrastes sociais, à poluição sonora e à fumaça gerada por 7 milhões de veículos. Entre o caos urbano e as cobranças da vida moderna, Ramsés aos poucos tem a rotina e o trabalho paralisados por uma fadiga crônica física e mental, uma paranoia crescente que transborda ódio e antigos rancores, tratando inclusive o filho e sua namorada de maneira equivocada. Ao longo da história, o protagonista relembra momentos importantes de sua infância e adolescência no Rio de Janeiro, antes da mudança para São Paulo, a amizade de pensamentos utópicos e idealista com o paulista Jupará, com quem publicava o fanzine Letal.
A questão, que parecia já superada, retorna com carga total, junto com outros traumas e fobias. A epidemia de depressão galopante e o consumo excessivo de remédios nas grandes metrópoles são os coadjuvantes dessa história, que é contada com uma voz jocosa e mordaz, evocando as experiências do autor. T.A.T.T.O.O. – À Flor da Pele é uma história capaz de codificar os vazios e aflorar uma compaixão um pouco esquecida nos dias de hoje.
André Diniz é roteirista e ilustrador de histórias em quadrinhos. Nasceu em 1975 no Rio de Janeiro e mora em Portugal desde 2016. Entre 2000 e 2005, publicou diversos trabalhos pela Nona Arte, sua própria editora. A partir de então, passou a publicar suas obras por outras editoras, somando mais de trinta títulos de sua autoria, várias delas premiadas, seja como roteirista, seja como ilustrador dos próprios roteiros. Foi editado em diversos países, entre eles França, Inglaterra, Portugal e Polônia. Entre seus trabalhos mais conhecidos, estão Fawcett (2000, com arte de Flávio Colin, ganhador do prêmio Ângelo Agostini), 7 Vidas (2009 com arte de Antonio Eder, ganhador do Troféu HQmix), O Quilombo Orum Aiê (2010), Morro da Favela (2011, ganhador do Troféu HQmix) Matei Meu Pai e Foi Estranho (2017) e O Idiota (2018), adaptação de Dostoiévski. Dele, a DarkSide® Books publicou Revolta da Vacina (2021).
“A arte de Diniz trabalha numa estrutura de luz e sombra que remete à xilogravura. [...] O traço tem toda a dramaticidade que a HQ precisa, sem precisar que o roteiro apelasse para isso.” — Revista O Grito, sobre Morro da Favela
“André Diniz tem um traço inconfundível, daqueles que você bate o olho e identifica. Essa é uma qualidade que não todos os artistas que possuem.” — Canal Comix Zone, sobre Revolta da Vacina
“A escolha de Diniz pelo uso limitado de palavras acaba por enfatizar os movimentos e as trocas de olhares dos protagonistas da HQ. A arte digital caricata e de linhas grossas do autor também servem ao propósito de ressaltar os sentimentos reprimidos e as personalidades dos personagens.” — Ramon Vitral, sobre O Idiota”