“Book Descriptions: Segundo a crítica Beatriz Vignoli, “Pavón centra estas breves autoficções naquilo que lhe falta. Ou melhor, naquilo que era suposto fazer e não o romance que não escreveu, a carreira de artista contemporâneo internacional que não seguiu, a fortuna que não acumulou e a erudição musical culta que não adquiriu. Como se fosse possível (e, além disso, um dever) ter tudo isso ao mesmo tempo. Tenta, faz mal e, assim, distancia-se dos ideais absurdos da classe média e afirma a sua genuína vocação de poeta”. E seguindo sua vocação, neste breve livro sobre suas faltas, ou seus erros, Cecilia Pavón segue cativando os leitores com uma curiosa suas vozes e seus personagens são poetas, artistas, curadores, alunos e professores de oficina literárias, além, claro, de diversos leitores. E, por que não, também é personagem o próprio texto que se escreve, que é ao mesmo tempo uma outra e a mesma chave dos seus poemas. “Agora que os anos se passaram, me dou conta de que escrever, o que chamam de escrever, eu jamais escrevi. O que eu fiz direitinho foi uma pose perfeita e bonita (strike a pose, como diria a Madonna). A escrita nunca surgiu para mim na forma de essência ou fagulha, nunca senti a eletricidade das letras deslizando das minhas veias até o papel para incendiá-lo. É triste, porque já é tarde, e não publiquei nenhum romance, além deste pequeno inventário dos meus erros, que tenta humildemente ser uma desculpa ou a entrada para outra dimensão”. (Do conto “Rap freestyle”).” DRIVE